AIC
BRASIL

 

Contato/Contact:
Ministério da Defesa
Comando da Aeronáutica

Departamento de Controle 
do Espaço Aéreo-DECEA

Av. Gen. Justo, 160 
CEP 20021-130
Rio de Janeiro, RJ - Brasil

AFS: SBRJZXIC
 

AIC
N 70/2024
Publication Date/
Data de publicação: 

28 NOV 2024
Effective date/
Data de efetivaçao:

28 NOV 2024
MUDANÇA DA FREQUÊNCIA BASE VHF DATA LINK NO BRASIL

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

Esta AIC tem por finalidade divulgar aos usuários de Data Link no Brasil informações sobre a migração da Frequência Base VHF no Brasil de 131,550MHz para 131,825MHz, prevista para março de 2024.

1.2 ÂMBITO

Esta Circular se aplica a todos os usuários que utilizam serviços Data Link por VHF no Brasil.

1.3 ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES

1.3.1 ABREVIATURAS

ACARS            - Sistema de Comunicação e Relatório de Aeronaves (do inglês, Aircraft Communications Addressing and Reporting System)


CSC


- Canal de Sinalização Comum


OEM


- Fabricante de Equipamento Original (do inglês, Original Equipment Manufacturer)


POA


- ACARS convencional (do inglês, Plain Old ACARS)


VDL


- Link VHF Digital (do inglês, VHF Digital Link)


VHF


- Frequência Muito Alta (do inglês, Very High Frequency)

1.3.2 DEFINIÇÕES

 
1.3.2.1 DATA LINK
Meio de comunicação que possibilita a troca de mensagens digitais entre aeronaves e sistemas em solo.

2 DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1. Os serviços de Data Link no Brasil fazem parte de um Contrato de Concessão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) com a SITA. Sob esta concessão, a SITA implementou e opera um Processador Data Link dedicado e as Pág.

estações terrestres que cobrem o espaço aéreo brasileiro. Para a operação do Plain Old ACARS (POA), foi adotada a frequência base VHF de 131,550MHz, conforme atribuído pelo DECEA.
2.2. À medida que a implantação das estações terrestres brasileiras aumentou, a cobertura ao longo das regiões de fronteira tornou-se mais densa. Consequentemente, as transmissões em 131,550MHz estão sendo captadas pelas estações terrestres brasileiras operadas pela SITA, bem como pelas estações terrestres operadas pela Rockwell Collins, que utilizam 131,550MHz como sua Frequência Base na América do Sul, resultando em degradação do serviço.
2.3. Para resolver este problema e melhorar o desempenho do serviço Data Link nas regiões de fronteira do Brasil, o DECEA e a SITA trabalharam em conjunto para estabelecer uma nova frequência base VHF. O DECEA, como Autoridade Aeronáutica Brasileira, atribuiu a frequência 131,825MHz como a nova frequência VHF Base para o Brasil.

3 DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

3.1 IMPLEMENTAÇÃO

3.1.1. Conforme coordenado com o DECEA, a SITA migrará a frequência base VHF, para todos os sites VHF do Brasil, de 131,550MHz para 131,825MHz, em 21 de março de 2024.
3.1.2. A lista atualizada de estações terrestres foi distribuída em 21 de agosto de 2021 pela SITA aos fornecedores de aviônicos e fabricantes de estruturas de aeronaves, adicionando a nova frequência de 131,825MHz além da atual frequência de 131,550MHz, para que os bancos de dados geográficos correspondentes possam ser atualizados para incluir ambas as frequências em suas próximas versões.


 


 AIRBUS

BOEING

Collins Cedar Rapids

Collins Toulouse


Garmin

Honeywell

Spectralux

universal
3.1.3. A SITA realizará a mudança da antiga (131,550MHz) para a nova (131,825MHz) frequência Base em 21 de março de 2024, sem sobreposição, ou seja, as duas frequências base (atual e nova) não serão suportadas simultaneamente em nenhuma estação VHF no Brasil.
3.1.4. Assim que a migração for concluída, a SITA atualizará novamente sua lista de estações terrestres junto aos fornecedores de aviônicos e fabricantes de aeronaves para remover a frequência de 131,550 MHz, de modo que nas versões de banco de dados geográfico lançadas após março de 2024, apenas a frequência VHF base 131,825 MHz esteja disponível para as estações VHF brasileiras.

NOTA: Não há alteração na frequência do Canal de Sinalização Comum VDL (CSC) brasileiro de 136,975 MHz.

3.2 AÇÕES PARA OS OPERADORES DE AERONAVES

3.2.1. É necessária uma ação para garantir que todos os aviônicos da aeronave estejam configurados adequadamente para operar com a nova frequência Base no Brasil antes de março de 2024. 

NOTA: É recomendado entrar em contato com o fabricante ou fornecedor de aviônicos, independentemente de seus aviônicos usarem Filtros Geográficos ou uma Tabela Verificação Plana (Flat Scan Table), para verificar quais mudanças são necessárias nos aviônicos da aeronave para suportar a implementação da nova frequência Base no Brasil.
3.2.2. AVIÔNICOS COM TABELA DE VERIFICACÃO PLANA (FLAT SCAN TABLE)
3.2.2.1. Os aviônicos de aeronaves que usam uma Tabela de Verificação Plana normalmente têm uma lista de frequências VHF mundiais e suas respectivas identificações de Provedor de Serviço associadas. Cada frequência na lista pode ser habilitada ou desabilitada.
3.2.2.2. Mesmo que a frequência 131,825MHz esteja presente na tabela de varredura do aviônico, ela está atualmente associada a um Provedor de Serviço com identificador XA e, portanto, não permitirá que a aeronave use de forma confiável o serviço Data Link no Brasil, porque ele requer o uso do Provedor de Serviço com identificador XB, que é o código atribuído à rede Data Link do DECEA, operada pela SITA.
3.2.3. AVIÔNICOS COM FILTROS GEOGRÁFICOS
3.2.3.1. Alguns aviônicos de aeronaves usam filtros geográficos (Geo-filtros) e apenas determinadas frequências são configuradas para serem usadas em determinadas localizações geográficas. Essa abordagem permite que o cliente selecione o Provedor de Serviços por área geográfica especificada. Assim, as aeronaves que utilizam GeoFiltros precisam ter esses filtros atualizados para incluir a frequência 131,825MHz na delimitação geográfica do Brasil.
3.2.3.2. Alguns Geo-Filtros de aviônicos só permitem que o usuário especifique uma frequência VHF por geografia. Se o Geo-Filtro for atualizado com antecedência a aeronave não poderá usar o serviço Data Link por VHF até que a migração de frequência seja concluída. Por outro lado, se o Geo-Filter for atualizado após a migração da frequência base, a aeronave ficará sem comunicação (NO COMM) na frequência VHF desde o momento da migração até o momento da atualização do aviônico. Se a aeronave possuir aviônicos desse tipo, o operador deverá entrar em contato com o fabricante ou fornecedor de aviônicos e estabelecer um plano de atualização do aviônico que minimize os impactos para as operações.
3.2.3.3. Se a aeronave também for equipada e estiver configurada para utilizar a frequência VDL no Brasil ou estiver equipada e configurada para uso de SATCOM ela poderá utilizar esses outros meios de comunicação Data Link até que seja concluída a migração e atualização do aviônico.
3.2.3.4. Geo-Filtros que permitem duas frequências por região podem ser atualizados antes da migração para incluir 131,50MHz e 131,825MHz. Nesse caso, a aeronave poderá usar qualquer uma das frequências, não havendo impacto no serviço Data Link  via VHF. Os operadores de aeronaves que possuem aviônicos com Geo-Filtros com duas frequências precisarão entrar em contato com o fabricante ou fornecedor de aviônicos e garantir que se obtenha uma cópia do banco de dados atualizado e que ele seja carregado na aeronave com antecedência para que esteja disponível antes de março de 2024

4 DISPOSIÇÕES FINAIS

4.1. Críticas e/ou sugestões são bem-vindas e deverão ser enviadas via Fale Conosco – SAC-DECEA, na Internet, em www.decea.gov.br, ou na Intraer, em www.decea.intraer .
4.2. Esta AIC entra em vigor em 24/08/2023 revogando nesta data, a AIC N 17/22, de 07/07/2022.   
4.3. Os casos não previstos serão resolvidos pelo Senhor Chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA.